Estamos entrando no final da primeira década do novo milênio. Uma década que foi marcada pelo medo.
Já a própria chegada do novo século foi temerosa. Invasões de hackers, vírus de computadores, ataques terroristas...as previsões eram inúmeras.
Em 11 de setembro de 2001, o ataque terrorista promovido pelo Al-Qaeda contra os Estados Unidos instalou definitivamente o terror na humanidade. Associados aos cataclismas ambientais dos últimos tempos e a crise financeira global atual, trouxeram uma sensação de instabilidade e insegurança geral para a sociedade.
Vivemos na época da globalização, da conexão e do prazer imediato. Gastamos mais que podíamos e estragamos o meio ambiente a ponto de mudar o clima terrestre.
Tememos até o que comemos. Os alimentos matam!
A indústria da moda e a indústria cinematográfica tornaram as modelos e as atrizes em seres anoréxicos e inférteis, e nós seguimos esta moda, nos tornando incapazes de gerar vida.
Como conseqüência deste medo instalado nas camadas mais internas do nosso subconsciente, o ser humano passou a temer o imaginável: sua própria extinção. E para garantir a continuação da espécie, entramos na era das redes sociais, com Orkut, facebook, hi5 entre outros, na era da exposição da intimidade na internet, do amor virtual, do twitter. O ser humano para garantir a espécie, inconscientemente procurou estreitar os laços de amizade e chamar atenção para si, numa tentativa de garantir a procriação.
Os padrões de beleza mudaram. Saímos do clareamento dos dentes, das rinoplastias e outras cirurgias relâmpagos, para as reduções de estômago, botox e reconstruções totais. Precisamos chegar a perfeição da forma ao ponto de atingir um ideal de beleza irreal.
Mas será que podemos continuar vivendo com medo?
Segundo Li Edelkoort , o ser humano entrará na próxima década procurando o bem estar, a estabilidade emocional, a paz interior e a segurança.
No seu novo livro “Well Being”, ela tem como mandamento a palavra ‘Enjoy’, que em inglês significa aproveite. E para que o ser humano possa começar a aproveitar a vida, ele irá buscar o elemento que traz esta harmonia e conforto na natureza.
Desde os primeiros momentos de vida, o homem está protegido no útero materno, envolvido em liquido numa temperatura agradável. O próprio ser humano é constituído de uma boa quantidade de água. O planeta em que habitamos tem grandes extensões de água. Ou seja, um dos elemento mais importante para garantir a nossa espécie, é liquido e se chama água.
Baseando-se neste elemento fundamental, Li Edelkoort aponta as tendências que influenciarão a moda, a arquitetura e o mercado da beleza.
E como esta busca pelo bem estar influenciará a perfumaria internacional?
Aguardem a segunda parte do artigo em breve!
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